Depois de todo o entusiasmo à volta da chegada de Kimi Antonelli à Mercedes, surge esta semana a possibilidade de vermos o jovem italiano a abandonar temporariamente a construtora de Brackley ao ser ‘adoptado’ por um dos seus clientes.
A época de estreia para Antonelli tem estado repleta de altos e baixos, uma sprint pole e um pódio assim como erros que demonstram a inexperiência do rookie ao obter qualificações e corridas menos bem geridas como no Mónaco onde perdeu controlo do carro na chicane do porto durante a sessão de qualificação ou na Áustria quando embateu em Max Verstappen depois de calcular mal a abordagem à primeira curva.
A La Gazzeta dello Sport noticiou esta semana que existe a possibilidade de Kimi ser emprestado à equipa da Alpine para a época de 2026, o que abriria a porta a uma potencial dupla Russell e Verstappen na equipa de Brackley.
Depois da reunião entre Verstappen e Toto Wolff na Sardegna, os rumores intensificaram-se e ao que aparenta, o chefe da Mercedes já recebeu a luz verde de Ola Kallenius, um dos principais executivos da marca Alemã.
A Alpine e a sua empresa mãe, a Renault, optaram por terminar o seu histórico projeto de unidades motrizes e vão substituir a Aston Martin como terceira cliente da Mercedes na época de 2026, abrindo a porta a vários pilotos da marca alemã. Wolff foi visto a conversar como Briatore no final do Grande Prémio Austríaco e é especulado que tenha sido relativamente à possibilidade de Bottas se juntar à marca francesa para o resto da temporada ao substituir Franco Colapinto que como é sabido, está atualmente num contrato ‘corrida a corrida’.
O que realmente cria esta possibilidade são os rumores sobre as atuais negociações entre Russell e a Mercedes com a marca a alegadamente estar disposta a oferecer uma extensão de um ano ao britânico, ao contrario de um contrato por um período mais extenso desejado por Russell, na eventualidade de o atual número 1 da Mercedes aceitar a extensão e Max abandonar a Red Bull, isto deixaria Antonelli a necessitar de uma recolocação e nada melhor que uma equipa que partilhe motor e caixa de velocidades com a Mercedes.
A equipa de Brackley parece estar na pole position para o próximo ano no que toca a unidades de potência o que coloca os seus três clientes numa excelente posição para a próxima época. No entanto é importante notar que temos atualmente um motor mercedes a liderar o campeonato com ambos os McLaren a dominar a grelha devido à sua aerodinâmica e aproveitamento superior da unidade motriz e será importante ter em conta que no próximo ano a Mercedes terá competição dos seus clientes na mesma, algo que Toto Wolff poderá ter em conta e tenha o desejo de colocar dois pilotos já desenvolvidos e prontos para lutar pelo campeonato naquele que é o primeiro ano de um nova diretiva de regulamentos repleta de incertezas.
Quando questionado sobre a possibilidade de ter Russell e Verstappen na mesma equipa, Wolff afirma que: ‘Consigo imaginar qualquer dupla.’
‘Já tive o Hamilton e o Rosberg a lutar por um campeonato do mundo, depois disto tudo é fácil. existem pros e contras em ter dois pilotos a lutar um com o outro e já vimos exemplos onde isto é um conceito que funciona e outros exemplos onde não funcionou.’
No meio de toda a confusão, Russell continua a demonstrar-se confiante e garante que acredita que virá a ser recompensado depois de um espetacular início de temporada:
‘todas as equipas têm dois lugares, e é normal que considerem o futuro. Não levo isto a peito porque deixei bem claro desde o início que estou disposto a ser colega de qualquer piloto. É normal que existam conversas, rumores e tudo aquilo que está a ser dito sobre mim mas da minha parte não vai ser o caso.’
‘Quero continuar com a Mercedes. o Toto nunca me desiludiu, sempre me deu a sua palavra mas também terá de fazer o que é certo pela equipa o que me inclui a mim e aos milhares de pessoas que trabalham na Mercedes.’
‘Não é algo que me preocupe porque não acho que vá a lado nenhum e sinceramente também não me preocupo com quem será o meu colega, vou continuar concentrado na condução. A probabilidade de não estar na Mercedes no próximo ano é baixíssima.’
