A 9 corridas do final da temporada e do início de uma nova era na Formula 1 em termos de regulamentos, a FIA parece estar a preparar-se para uma nova mudança nas unidades motrizes.
Uma mudança de volta aos V8 está a ser equacionada com a FIA a marcar uma reunião com as construtoras depois do Grande Prémio Italiano para discutir planos.
Embora a nova era de turbo-híbridos ainda não tenha começado, os fãs e as equipas encontram-se pouco receptivos à continuidade destas unidades de potência maioritariamente devido ao custo de desenvolvimento, manutenção e compra dos mesmos por equipas construtoras e clientes, assim como a falta de barulho e essência do que era realmente a F1.
Foi noticiado no inicio do ano que a FIA teria um departamento designado para avaliar um possível retorno de motores V10 ou V8 à grelha através do uso de combustíveis sustentáveis já para o próximo ciclo de regulamentos.
A questão dos V10 não reuniu consenso entre os atuais fornecedores de motores e ao longo das últimas semanas, a alternativa V8 começou a ganhar tração considerável.
Um motor V8 de combustão interna que corra a 100% com combustíveis sustentáveis que conte com uma bateria elétrica consideravelmente mais leve e mais rudimentar que as dos carros atuais e os de 26, com o impacto previsto do KERS (Sistema de recuperação de energia cinética) nos carros de 2026 a ser cerca de 50% da potência total, com os possíveis V8 a ser cerca de 10%.
O principal objetivo desta mudança seria para além de um regresso a uma Fórmula 1 mais pura, uma redução drástica de custos e de peso nos carros que nos últimos anos têm reunido críticas devido ao seu tamanho.
Mohammed Ben Sulayem tem intenções claras de afastar a F1 dos motores turbo híbridos:
‘Penso que agora os fornecedores de motores e as equipas conseguem ver que não podemos continuar com estes motores. São demasiado complicados, e já serviram o seu tempo, dentro de 3 anos vão fazer 15 anos desde a sua introdução e passarão a ser oficialmente um motor velho.’
Embora haja mais consenso reunido relativamente aos V8 do que aos V10, aquilo em que as equipas e a FIA não concordam é o timing da eventual mudança. Se nada mudar, estes regulamentos vão durar 4 anos, de 2026 a 2030 e Sulayem não esconde que quer que a mudança ocorra mais cedo do que 2031.
Segundo a The Race, uma das ideias seria efetuar a mudança em 2029 mas há muitos construtores reticentes a uma mudança tão brusca e preferem esperar mais um ano devido ao que realmente é necessário para efetuar uma mudança deste calibre, um chassis completamente novo para suportar os novos motores, havendo equipas que preferem esperar por 2030.
Foi marcada uma reunião para 11 de Setembro pela FIA de modo a discutir os problemas e os passos para eventual mudança que é bem recebida pelos quadros superiores da F1 também com Stefano Domenicali, atual CEO a ser fervorosamente a favor de combustíveis renováveis.
‘Combustível sustentável e um V8 parece espectacular (…) mas não quero retirar a atenção daquela que vai ser a próxima geração de regulamentos e motores porque isso seria errado, vamos manter-nos focados naquilo que desenvolvemos para os próximos e depois sim, penso que seja o futuro.’