A FIA finalmente revelou os resultados da sua investigação ao carro de Oscar Piastri no final do Grande Prémio de Miami.
O carro do vencedor do Grande Prémio de Miami foi alvo de uma inspeção física por parte da FIA no final da última corrida devido ao atual clima de desconfiança vivido no paddock relativamente a um dos principais factores que justifica o domínio da McLaren.
A suspeita, maioritariamente da parte da Red Bull, era que a McLaren estava a utilizar métodos ilegais para optimizar a temperatura dos travões e consequentemente dos pneus. Esta especulação tinha vindo a crescer nas últimas semanas e deriva de imagens térmicas que a Red Bull obteve dos travões do MCL39 no Grande Prémio Japonês, que demonstrava os McLaren a correr com uma temperatura inferior relativamente ao resto da grid.
A FIA já tinha dado uma vista de olhos sobre os designs da McLaren, mas tendo em conta as queixas por parte dos rivais, sentiu que uma análise física e mais formal iria ajudar a enterrar este assunto.
Embora fosse esperado que o McLaren fosse legal, o comunicado oficial da FIA afirmou que os resultados só sairiam na quinta-feira antes do fim-de-semana de Grande Prémio em Imola.
Todos os componentes inspecionados foram dados como legais e nos conformes dos regulamentos técnicos de 2025.
Foi então na tarde de dia 15 que foi lançado um comunicado oficial por parte da federação:
‘Depois da corrida em Miami, o carro número 81 foi escolhido aleatoriamente de entre o top 10 da sessão de corrida para testes físicos mais extensivos. O alvo destes testes foram os componentes da roda. Os seguintes testes foram aplicados em todas as rodas:
-a legalidade de todos os componentes consoante o artigo 3.13.
-testes físicos para garantir a legalidade consoante o artigo 11.5 em todas as rodas.
Todos os componentes inspecionados foram dados como legais e nos conformes dos regulamentos técnicos de 2025.’
Os componentes da roda a que a FIA se refere na declaração são o sistema de travões, o tambor da roda e as rodas.
Com esta inspeção a FIA quis analisar dois fatores, o primeiro sendo o 3.13 que engloba os componentes da roda e travões acima mencionados e o segundo, regido pelo artigo 11.5, a presença de líquidos para arrefecimento dos componentes, que é expressamente proibido.
Em ambas estas frentes, o McLaren foi dado como legal.
Com esta investigação, é possível ilibar a McLaren de qualquer acusação por parte dos rivais, incluindo a ideia de que a construtora de Woking estaria a utilizar líquidos dentro dos pneus para ajudar a controlar a temperatura e consequente degradação.
Segundo o artigo 10.8.4 dos regulamentos técnicos, que regula a utilização de qualquer outro elemento que não ar dentro dos pneus, a FIA afirma que o único método permitido para o arrefecimento de pneus e travões é o ar gerado pelo movimento do carro.
‘Qualquer outro sistema, gadget ou procedimento que ajude a aquecer ou arrefecer os pneus para além dos cobertores é estritamente proibido.’
