Depois de impressionar a equipa técnica da Red Bull nos testes de pós época em Abu Dhabi com o seu feedback técnico, Yuki Tsunoda foi novamente rejeitado para a vaga na Red Bull, com Liam Lawson a ser o escolhido para ser colega de Max Verstappen.
Não faz sentido ter um piloto numa equipa de desenvolvimento durante 5 anos, não é justo para ninguém, ou teremos de nos separar ou começar a olhar para outras opções.
Mesmo com o apoio da Honda, que foi muito provavelmente a razão para Yuki ter entrado no RB20 em primeiro lugar, parece que a fornecedora de motores japonesa não tinha a influência necessária para promover Tsunoda muito dado ao facto deste ser o último ano de colaboração com a Red Bull, que em 2026 vai iniciar o seu programa de motores com apoio da Ford.
Mas ao que parece, o piloto japonês não deixou que estes desenvolvimentos o mandassem abaixo e segundo o Team principal da Racing Bulls, Laurent Mekies, Tsunoda voltou em janeiro entusiasmado com o facto de ser um líder na construtora de Faenza.
‘’Ele impressionou-me, estava claramente abalado quando sairam as noticias e com direito, mas quando regressou em janeiro estava com uma mente clara e com a motivação alta, parece estar em paz com o sucedido e está pronto para tomar o próximo passo.’’
Perder esta oportunidade deixou a carreira de Yuki num impasse e isto ficou óbvio para quem o tem apoiado até agora, com a Honda e especialmente a Red Bull a admitir que talvez seja altura de Tsunoda seguir o seu próprio caminho.
Christian Horner mencionou em entrevista no ano passado que sendo a família Red Bull incapaz de lhe proporcionar uma oportunidade para além da equipa de desenvolvimento, talvez não faça sentido manter o japonês.
‘’ Não faz sentido ter um piloto numa equipa de desenvolvimento durante 5 anos, não é justo para ninguém, ou teremos de nos separar ou começar a olhar para outras opções.’’
As palavras de Christian Horner fazem todo o sentido, desde que a Red Bull adquiriu esta segunda equipa que o seu propósito tem sido ser uma rampa de lançamento para jovens talentos, e com Yuki a passar 5 anos seguidos lá, esta filosofia pode começar a ser esquecida.
Embora estes desenvolvimentos possam mudar por completo a carreira de Tsunoda a longo prazo, ele parece estar mais focado em aproveitar a sua situação atual ao máximo, contratou um novo agente, e a própria Racing Bulls afirma estar disposta a dar todas as condições para que possa singrar. ‘’ foi um compromisso que tomamos em conjunto, garantir que terá todas as condições para que haja um próximo passo para além de 2025, dissemos lhe que o iríamos colocar num nível tão alto que ninguém o poderia ignorar e esse é o desafio que ele tomou para esta época.’’ Afirma Mekies.
A atitude de Tsunoda na fábrica e a sua performance nos testes apontam para um mindset melhorado e Yuki é visto como um líder dentro da equipa com uma experiência considerável na F1 e uma capacidade de fornecer feedback técnico acima da média, este conjunto de fatores apontam para que a Racing Bulls deposite a maior parte da sua confiança no Japonês, pelo menos no inicio da época para conseguir resultados, havendo um consenso sobre a necessidade de um período de adaptação para o seu colega rookie, Isack Hadjar que tem sido apoiado por Tsunoda tendo os dois uma relação positiva segundo Laurent Mekies.
Olhando para o passado da Red Bull e o tratamento que têm dado a antigos pilotos, não temos de voltar muito atrás para vermos situações como a de Pierre Gasly que recebeu um ultimato diretamente de Helmut Marko relativamente à sua performance. Depois da sessão de qualificação vimos Liam Lawson com claras dificuldades em espremer as capacidades do RB21 e a não sair do Q1, sendo este o sétimo fim de semana seguido que o piloto nipónico ganha no head to head a Lawson, seis enquanto colegas de equipa e agora com Lawson a ter a vantagem na maquinaria. É claramente cedo para este tipo de questões mas será que poderíamos ver Liam a receber o mesmo tratamento de Gasly e a ser despromovido para dar lugar a Yuki no RB21?
