A Mercedes teve em Imola, o primeiro fim-de-semana ‘desastroso’ desta época e está a tentar encontrar solução para um problema que os assombra desde o início da era Ground Effect.
Este foi o fim-de-semana mais difícil da época para a Mercedes, o único em que a construtora britânica não pareceu dar um passo em frente na luta pelo campeonato de construtores.
George Russell descreveu o Grande Prémio do fim-de-semana passado como ‘desastroso’, o carro número 63 sofreu tremendamente com problemas de pneus enquanto Kimi Antonelli demonstrou imensas dificuldades na qualificação e acabou por ser obrigado a abandonar a corrida de domingo.
‘Foi confortavelmente o Grande Prémio mais difícil da temporada.’ revelou Bradley Lord, representante da equipa no fim-de-semana passado devido à ausência de Toto Wolff.

George Russell já se queixava de problemas no carro durante a volta de formação mas a equipa era incapaz de encontrar a raiz do mal estar do carro do piloto britânico.
‘Esta sensação durou durante cerca de 60 voltas. Não tínhamos ritmo nenhum, existe claramente um padrão quando a pista está quente e a pista esteve muito quente hoje’ revelou o piloto britânico
‘Quando está quente nós desaparecemos; quando está frio somos rápidos, já no ano passado era assim. Precisamos de resolver isto.’
A Mercedes estreou em Imola um novo pacote de upgrades, a primeira grande atualização de 2025, uma suspensão frontal redesenhada, uma nova asa e um perfil novo nos painéis que protegem o motor.
Russell qualificou-se em terceiro, 0.137s da pole position de Oscar Piastri, o que demonstra que o problema dos Mercedes não é a velocidade numa volta. O problema é a oscilação entre a velocidade que demonstram sábado e a de domingo relativamente aos líderes em ritmo, Red Bull e McLaren.
Desde a época passada que a Mercedes demonstra tremendas dificuldades em gerir os pneus. Atingir a temperatura necessária para uma volta nunca foi problema, é a gestão da borracha que os assombra.
Este facto é demonstrado pela performance de George Russell em sessões de qualificação, que é atualmente melhor que a de Lando Norris.
Imola foi uma demonstração dolorosa destas limitações mas é algo do qual a Mercedes tem noção. Simone Resta, vice diretor técnico da Mercedes afirma que o problema não foi resolvido e é algo que se transferiu dos últimos anos para este:
‘Não acho que tenha havido uma melhoria na gestão de pneus, houve corridas em que estivemos próximos das outras equipas e outros, como este em que estivemos claramente atrás.’
‘É possível ver um melhoramento genérico do pace comparativamente ao ano passado mas nada que esteja especificamente ligado à gestão dos pneus.’
Os upgrades que a Mercedes trouxe tinham o propósito de adicionar rendimento ao carro, não resolver o problema dos pneus o que pode levar à noção de que nem em Brackley sabem o motivo destas limitações, no entanto, a Mercedes é capaz de ser competitiva em condições mais frescas ou em asfalto que não castigue tanto os pneus mas o que viveu em Imola será certamente replicado em circuitos que tenham temperaturas mais elevadas ou um asfalto mais desgastante.
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