F1 Championship

O que reserva o futuro a Christian Horner?

Christian Horner confirmou ontem no seu discurso de despedida de Milton-Keynes que tinha sido afastado dos papéis de team principal e CEO da Red Bull Racing mas que continuava empregue pela empresa. 

Depois de ter sido afastado da casa que ajudou a construir, Horner mantém-se contratualmente preso à Red Bull mas isto é algo que certamente mudará no futuro e abrirá as portas a varias equipas que necessitem de um team principal que saiba o que é um projeto vencedor e melhor que isso, que o saiba criar. 

Já houve sondagens relativamente a uma possível saída da Red Bull ao longo dos 20 anos de carreira na Fórmula 1 de Christian Horner, mas o britânico manteve-se sempre leal ao projeto.

Agora que foi removido do mesmo, parece uma questão de tempo até que comece a liderar outra equipa.

Naturalmente e segundo fontes de confiança como o The Race, Horner não se encontra com qualquer tipo de pressa para reiniciar a sua carreira e aprecia a possibilidade de poder passar algum tempo em casa depois de 18 meses bastante difíceis a nível pessoal devido às alegações de conduta imprópria e assédio sexual que foram levantadas internamente na Red Bull. 

No entanto, sendo ele o team principal com mais sucesso e experiência da era moderna de Formula 1, rapidamente se tornará uma opção para várias equipas na grelha, ainda mais devido à incerteza que os novos regulamentos iram trazer. 

A Ferrari tem sido considerada como um destino provável já antes do despedimento de Horner, mas a verdade é que os rumores à volta de um contacto recente entre John Elkann e Christian Horner carecem de confirmações junto de fontes de topo e não devem por enquanto ser levados 100% a sério. O que pode sem dúvida ser avaliado e utilizado como base para esta possibilidade é a actual situação da Ferrari e a pressão que tem caído sobre Fred Vasseur, que se encontra no seu último ano de contrato. 

Quando questionado sobre uma possível saída de Vasseur, Horner afirmou na semana passada durante o Grande Prémio Britânico que estabilidade é de extrema importância: ‘Em qualquer organização a estabilidade é de extrema importância, na Red Bull temos 21 anos de continuidade e foi isso que permitiu obter os resultados que obtivemos’. 

‘O Fred é muito capaz como gerente. Obviamente está a gerir aquilo que é basicamente uma equipa nacional com a Ferrari e com isso vem tremendas expectativas e pressão. Ele ainda é relativamente novo no papel que desempenha e demora tempo conseguir colocar os processos corretos em marcha, as pessoas corretas e a cultura correta.’ Afirmou o britânico. 

‘Não existem fórmulas mágicas neste negócio, é sobre conseguir reunir um coletivo e trabalhar para um único objetivo e na Ferrari existe a pressão adicional por ser um símbolo do país.’ 

John Elkann fez uma aproximação há cerca de três anos quando Mattia Binotto ainda era o responsável pela Ferrari e Christian Horner negou prontamente a possibilidade devido ao seu desejo de continuar na Red Bull, mas tendo em conta o que pode vir a acontecer com Vasseur num futuro próximo devido à pressão sobre a qual se encontra e a falta de resultados, juntamente com um contrato que termina este ano, Horner poderá vir a voltar a ser contactado pelo Cavalo Empinado. 

Outra opção seria a Alpine. Embora a equipa esteja a passar por sérios problemas de gestão e performance nos últimos anos e a possibilidade de trabalhar com Briatore quando acabou de sair de uma relação conturbada com uma personalidade bastante similar em Helmut Marko talvez não seja o que Horner deseje, no entanto isto daria ao britânico a possibilidade de reconstruir uma equipa que já viveu sucesso este milénio e que passará a partir do próximo ano a ser cliente Mercedes e contará com aquele que é o melhor motor para os próximos regulamentos. 

A verdade é que a experiência de Christian Horner não se limita a gerir uma equipa, o controlo e influência que tinha dentro da Red Bull iam para além do que é esperado de um team principal

O Britânico tinha também a posição de CEO e a sua liderança criou um verdadeiro império que ia muito mais além de construir e desenhar o carro de F1, Horner foi fundamental na criação da Red Bull Powertrains que será responsável pelo primeiro motor independente da marca austríaca e tinha enorme influência em toda a estrutura, este tipo de currículo confere-lhe uma patente muito poucas vezes vista dentro da F1 e o britânico será certamente uma opção para qualquer equipa que veja a posição de team principal aberta.