Aston Martin

Como Alonso mitigou o problema do Aston Martin.

A Aston Martin precisa desesperadamente de resolver a sua falta de velocidade em reta. 

Fernando Alonso conseguiu os seus primeiros pontos da temporada no Grande Prémio Espanhol depois de uma corrida que fica marcada pela sua viagem à grevilha, seguida de uma excelente corrida de recuperação. 

O que mais chamou a atenção foram as suas ultrapassagens no exterior da curva 3 do circuito da Catalunha, algo que Alonso afirmou não ter sido nada de especial; mas porquê na curva 3 e não nas retas? 

‘Tivemos muita degradação nos pneus da frente, o frente esquerdo estava praticamente acabado ao fim de sete voltas. Faltou muita velocidade de ponta, nas retas estávamos a perder imenso para os outros carros.’

‘Não fiz uma única ultrapassagem com DRS, foram todas feitas na curva 3 por fora, não é um local comum para ultrapassar. Temos de inventar este tipo de ultrapassagens, já em Imola foi o mesmo na curva 7.’ 

‘Precisamos de resolver esta situação e começar a poder ultrapassar nas retas, como toda a gente.’ 

As queixas de Alonso são validadas pela velocidade de ponta do AMR25, que durante a qualificação na Catalunha era detetado no final da reta a cerca de 292.km/h atirando ambos os Aston Martin para a 17º e 18º posição na speed trap. 

A incapacidade de realizar ultrapassagens em retas causa enormes problemas, a necessidade de encontrar sítios menos comuns para ultrapassar leva a que os pneus sofram muito devido à agressividade que é necessária para a manobra. 

Mike Krack, o engenheiro chefe da Aston Martin afirma que a equipa tem noção deste problema e planeia efetuar alterações aerodinâmicas de maneira a optimizar a velocidade em reta: 

‘Precisamos de melhorar. Como viram tivemos de realizar muitas manobras e não foram em retas ou saídas de curvas. Ao fazer isto gasta-se muito pneu por isso é algo que necessitamos de melhorar.’ 

‘Precisamos de compreender como chegamos a este set up de downforce porque necessitamos de rever as nossas asas. Estamos a dificultar imensamente a vida dos nossos pilotos.’ 

Alonso admite que a combinação de ser obrigado a puxar mais por si e pelo carro durante curvas juntamente com a falta de velocidade em reta é o que tem estado a prejudicar a equipa e os seus resultados. 

‘Precisamos de melhorar a nossa velocidade de ponta e a degradação dos pneus. Aos sábados somos bastante competitivos e nos domingos parecemos dar um passo atrás. Estou feliz por ter pontuado e tivemos um bom timing com o safety car no final mas se voltarmos a atrás no tempo e voltássemos a fazer o fim-de-semana, acho que escolhia um carro mais virado para os domingos do que para os sábados.’